segunda-feira, 11 de abril de 2011

Questão Sócio-Econômica


Governo avança na política de tratamento de usuários de drogas

Por: Carolina Pimentel e Ivan Richard, da Agência Brasil
Publicado em 21/09/2010, 13:05
Última atualização às 13:05

Solenidade marca abertura de editais para implantação de leitos do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas na rede pública de saúde (Foto: José Cruz/ABr)

Brasília – Foram lançados nesta segunda-feira (20) editais para que as prefeituras criem 6.120 leitos na rede pública de saúde para tratamento de usuários de crack e outras drogas. O pacote prevê a liberação de mais de R$ 140 milhões, provenientes do Ministério da Saúde e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. A iniciativa faz parte do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, lançado em maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os municípios devem procurar o ministério para a abertura dos leitos. O chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica, ministro Jorge Armando Félix, explicou que, com a publicação dos editais assinados nesta segunda (20), no Diário Oficial da União, as prefeituras poderão iniciar os processos licitatórios para ofertar os leitos.

"Dentro do que está previsto nos editais, as prefeituras vão se habilitar para receber os recursos para contratar os leitos. Os recursos já estão disponíveis", informou Jorge Félix.

Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o governo federal arcará com o custo das internações. “Toda essa política pressupõe que o financiamento das internações nos novos leitos será feito pelo Ministério da Saúde e repassado aos municípios”, garantiu Temporão após a cerimônia de anúncio, no Palácio do Planalto.

Do total de leitos, 2.500 serão ofertados em hospitais gerais para tratamento de intoxicação aguda e abstinência e 2.500 em comunidades terapêuticas, que acolhem usuários sem quadro clínico complicado. A previsão é implantar mais 600 leitos nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps), que funcionam 24 horas. O restante, 520 leitos, será para abrigar, por até 40 dias, usuários que vivem nas ruas.

O programa prevê a instalação de 225 núcleos de atendimento à saúde da família em cidades com até 20 mil habitantes e a capacitação de profissionais da área médica.

Depois da cerimônia, Temporão reafirmou que a Casa Civil não intermediou a compra do remédio Tamiflu, usado no tratamento da influenza A (H1N1) – gripe suína, em resposta à denúncia de propina na compra, publicada pela revista Veja. “Todo o processo foi conduzido pelo ministério e o laboratório Roche (fabricante do medicamento), sem nenhuma participação de terceiros”, disse aos jornalistas. Ele acrescentou que a Polícia Federal está apurando o caso.

Tags: José Gomes Temporão, Casa Civil, Drogas, Caps, Saúde

Disponível em http://www.redebrasilatual.com.br/temas/saude/2010/09/prefeituras-vao-criar-mais-de-6-mil-leitos-para-tratamento-de-usuarios-de-drogas/

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Folheto Informativo








Artigo: Álcool, drogas e crime






Resumo: A criminalidade é algo preocupante que não afeta apenas o sistema público de segurança, mas devido à complexibilidade de sua causa torna-se também um problema de saúde pública. A violência existe desde o início da humanidade. No Brasil, no começo do século passado as causas de prisões eram predominantes por atentado a ordem pública, vadiagem entre outros, comuns em outros países também.


Porém, na década de 80 o índice de crimes aumentou e entre suas principais causas o que chamou a atenção foi o uso de drogas psicoativas e o álcool. Já na década de 90 os problemas relacionados a drogas e ao álcool romperam as barreiras urbanas e chegaram as zonas rurais, porem o que preocupou a Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, foi o índice da criminalidade associada ao álcool e drogas, relacionados ao uso entre índios e moradores de rua, levando assim a se tornar um problema de saúde pública. Entre os fatos relacionados a crimes, contata-se que a maioria dos envolvidos está sob o efeito do álcool, sendo que quando o individuo traz consigo patologias como a esquizofrenia e faz uso de drogas psicoativas e do álcool a chance de cometer um crime aumenta em aproximadamente 25,2 vezes em relação a indivíduos normais, sendo que com apenas o diagnostico de esquizofrenia o risco seria em torno de 3,6 vezes.


Entre presos periciados observou-se que os transtornos violentos ocorreram devido à dependência de álcool e drogas psicoativas levando-os a cometer o ato violento por o uso ou pela falta. Estudos realizados em Curitiba entre 130 presidiários mostraram que os crimes foram cometidos no momento em que o individuo estava sobre o efeito do álcool e suas vitimas também. O fato interessante é que crime relacionado com a dependência do álcool é mais comum entre homens com 50 anos ou acima, sendo que, grande parte das ocorrências são crimes ou outro tipo de delito relacionado com brigas no trânsito. A prevalência de crimes associados a dependências de drogas psicoativas encontram-se associadas a jovens por motivos banais. A criminalidade está associada a fatores socioambientais, culturais e econômicos, que devem ser tratados com seriedade, pois o uso do álcool e de drogas psicoativas é considerado doença que deve ser tratada com intuito de minimizar os impactos sofridos pela sociedade e por todas as pessoas envolvidas.


Postado por: Heverlin Fiamoncini

Artigo: Dependência de Álcool, Cocaína e Crack

 
Resumo: Este estudo teve como objetivo verificar a frequência de transtornos psiquiátricos em dois grupos de dependentes químicos, cocaína/crack e álcool/cocaína/crack, por meio do Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I Plus). Os resultados mostraram uma frequência maior de Transtorno do Humor nos dois grupos. 
ConclusõesPudemos constatar através do estudo realizado a alta prevalência de transtornos psiquiátricos em dependentes químicos. Outro fator importante relaciona-se à alta prevalência de história familiar de uso de drogas por familiares dos dependentes, demonstrando que fatores genéticos e/ou culturais podem estar envolvidos.  Observamos, também a partir dos dados coletados que a maioria dos dependentes químicos apresentou baixa escolaridade, fator que parece estar diretamente relacionado ao uso da droga.